sexta-feira, 23 de julho de 2010

Um texto qualquer, numa noite qualquer

Não é necessário te ter por perto. Tua lembrança já me aquece o coração, como se estivesses aqui, ao meu lado. Enquanto escrevo essas palavras tolas, que talvez não cheguem aos teus olhos, penso que dormiria mais rápido se pudesse me enroscar em teus braços e deixar tuas mãos se perderem em meus cabelos. Mas eu ainda estou aqui, numa noite qualquer, sem conseguir dormir, com os olhos fixos em algum lugar do meu quarto de paredes brancas, enquanto ouço uma canção qualquer, rabisco um texto qualquer e viajo nos sonhos de uma menina que ainda não cresceu e insiste em te procurar e te esperar, na expectativa de que essa espera e esse anseio por você, te traga como que por mágica para meus braços que já não sabem o que é o teu calor há algum curto, mas irritante tempo.

Teus olhos ainda me deixam tímida, tua voz ainda me agrada, e teu carinho me faz muito feliz.
Não sei a quem destinar esse texto. Não sei quem és. Eu só tenho a certeza de que preciso rapidamente que sejas meu.
E isso basta.
Seja bem vindo aos meus sonhos. Boa noite...

2 comentários:

  1. Obrigado pelas boas vindas, Alice :-)

    Seu texto me tocou profundamente, sério! Lembrei-me, inadvertidamente, de uma poesia citada no filme Diários de Motocicleta:

    "Yo no sé con qué fuerza me libré de sus ojos
    me zafé de sus brazos.
    Ella quedó nublando de lágrimas
    su angustia.
    Tras de la lluvia y del cristal
    pero incapaz para gritarme:
    - ¡Espérame!
    ¡Yo me marcho contigo!"

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  2. Lindas palavras... Dignas de uma grande poetisa!

    Pê Sousa

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