quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Passou a tempestade mas eu espero um vendaval

Então eu senti saudade do jeito que a gente se amava. Eu nunca me sentia só...
Então, veio uma tempestade e nos separou.
Desde então minha vida se tornou outra.
Eu sempre sozinha.
Eu muito mais feliz.
Percebi o quanto aprecio minha companhia.
Já não me sinto sozinha.
Eu não senti mais saudade do tempo em que a gente se amava.
Estou a espera de um vendaval que traga outro alguém pra mim.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sobre a partida das mulheres

Escrevi esse texto em homenagem a duas mulheres que conheci e se foram.
Escrevi esse texto em homenagem e saudade a minha vó.


Desolada. Por que morrem as mulheres? Por que precisam gerar, tornarem-se mães, deixarem os filhos dependentes de sua presença e de repente partir? Por que se vão as mães sem despedidas justas, sem o tempo de dar os conselhos que ainda não foram dados, sem falar todas as coisas que elas sentem que vão acontecer em nossas vidas.
Deus, por que partem as mulheres? Por que precisam ser tão multitarefa, tão donas de tudo, tão certas das coisas que nós, aprendizes, não aprendemos ainda?
Duas mães morreram essa semana. Duas famílias perderam o referencial. Alguns filhos ficaram perdidos. E agora, Deus? Como a gente aceita, como a gente explica porque morrem as mulheres? As mães deviam ser eternas. As mulheres deviam durar para sempre.