domingo, 9 de março de 2014

Já não espero alguém


Eu lia algum livro do Carpinejar quando começamos a conversar frequentemente.
Quando caímos de amores, eu ainda lia Carpinejar.
Eu estava desmotivada. Não acreditava que aquele meu mau momento passaria tão depressa. Relacionamentos podem ser devastadores. E eu saía de um devastador quando você ressurgiu daquela maneira, sempre tão gracioso.
Quando nos encontramos depois de tantas semanas conversando, eu larguei o livro para ler tuas mensagens.
Eu parei de organizar metodicamente meus exemplares, para organizar meus dias com você.
E nos intervalos dos dias felizes que tenho ao seu lado, voltei a organizar meus livros.
E um sorriso surgiu quando me dei conta, que lia “Espero Alguém” do Fabrício Carpinejar quando você chegou.
Apesar de não ser o tipo de leitora que abandona uma boa leitura, vou deixar esse livro marcado exatamente onde parei antes de encher meus dias com as tuas palavras e ler tanto carinho em teus olhos.
Abandonar este título quando me reencontrei com você é a minha licença poética.
Esse livro perdeu o sentido.
Já não espero alguém, desde que você chegou...

2 comentários:

E tudo o que você pensa é...